quinta-feira, 25 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

o Esboço

Nunca a desgraça da queda, mas a felicidade do vôo.


O Primeiro Vôo de Ícaro

O esqueleto das Asas

O Vôo da Zilah

1 – 1º Coro

A cena inicia com todos ao centro ajoelhados, segurando um pano onde dentro estará Zilah nua, jogada no meio de roupas.

Texto do Coro. O coro se levanta na fala do pai, ainda segurando o pano. Ao final do texto começam a girar dizendo: “Esse caco de gente não vai vingar!”, param e ao abrirem o pano dizem: “Mas Zilah vingou!”, deixando à mostra Zilah e os tecidos. Levantam-na como se montassem um boneco e entre fuxicos vestem-na. A cada fala o coro paralisa olhando para a platéia. Quando Zilah diz: “Mas Zilah durou!”, o coro se forma mais atrás, utilizando o pano que carregavam-na como janela. Enquanto o texto é dito Zilah se despe das roupas que o coro lhe colocou e veste outras. Ao final o coro se junto num pequeno círculo e diz: “Se conforma, Zilah!”, e sai.

2 – Zilah e Dioni

Dioni e Zilah estão um em cada canto da boca de cena. Dioni pinta as costas de uma asa branca de vermelho. Abraçam-se separados. Dioni abraça a asa como se fosse Zilah. O diálogo ocorre sempre de frente para a platéia, não há relação entre os dois.

Professor surge para narrar a morte de Dioni.

Dioni vira para a platéia a asa pintada de vermelho e sai.

3 - 2º Coro

Uma bola (branca, prata) vem rolando até Zilah, uma pessoa do coro venda os olhos de Zilah cantando “Nana-Gie ô”, ao final da primeira cantada o coro entra rodopiando e continuam a cantar fazendo uma jogo (bobinho!?) com a bola que estava na mão da Zilah. Quando o coro diz trechos do texto a música diminui de volume e jogo fica lento, intercalando entre texto e canção, dinâmica e lentidão. Zilah, de olhos vendados, sempre tenta pegar a bola.

Professor entra. O coro se reúne girando no meio e entrega a bola ao professor. O professor narra e guarda a bola quando sair de cena.

4- Chefe, Traficante, Mãe e Vizinha

Coro se forma em V, sempre em rotação de acordo com o personagem que estiver em foco.

Apresentação do Chefe. No trecho: “... me apontou o dedo na cara...” todos do coro apontam junto com o chefe. No trecho que Zilah diz: “... mãos nos meus peitos...” todos, lentamente, tocam nos da frente.

Apresentação da Mãe. Coro com flor na mão.

Professor aparece (quebra de cena) dando uma bronca na sala. Coro vira-se de costas, menos Zilah, cruzando as mãos para trás. Durante toda a cena todos estarão com máscaras viradas para trás.

Apresentação do Traficante. Coro na postura do Traficante. No trecho: “... comer na minha mão...” coro levanta as mãos fechando as palmas.

Apresentação da Vizinha. Todos de frente, rosto de lado. Vizinha fala e coro gesticula.

Cena da morte da mãe: “... o inverno...”, coro entra atrás da mãe. Faz-se o caixão e na fala de Zilah a mãe da uma cambalhota e volta ao coro.

“... saiu como o vento...” Zilah vai embora e forma-se um corredor, acenam.

domingo, 29 de junho de 2008

Imenso cordão!

Não se deve deixar passar um momento como esse, principalmente agora, que ainda está tão “fresquinho” na cabeça.

O 6º Sarau do Gato aconteceu hoje e, para mim (como Cia.Mística), deixou marcas de aprendizado muito fortes. Tenho certeza que conseguimos alcançar uma das nossas principais metas que é sensibilizar o público que participa ou contempla. Claro que é muito difícil criar uma revolução coletiva (e não em massa) em tão poucas horas, mas só o fato de vermos pessoas dispostas à troca e aprendizado já é algo muito satisfatório para nós como observadores do espaço em que atuamos (de todas as formas).

Vi, hoje, coisas riquíssimas de conteúdo, estética e intenção, vi um público bonito, com vontade de estar lá. Me emocionei com a dança, talvez um jazz, com palhaços ao som de Teatro Mágico, admirei um trabalho de percussão em uma mistura de poesia e música de Gonzaguinha, ouvi a história de Severino, me surpreendi com vários sons que as vozes podem alcançar num coral, apreciei obras coloridas em um fundo branco com desenhos pretos que nos trazem para um realidade da sociedade em que vivemos, e por falar em sociedade, porque não comentar aqui o debate sobre mídia que vivenciei e que achei mais do que necessário acontecer, pois não dá para ignorar a necessidade do ser humano de dizer o que pensa e expressar seus pontos de vista de forma a não impô-lo, mas debatê-lo. Não menciono aqui nem metade da alegria que tive hoje, a mistura de linguagens artísticas me deixou fascinada, para mim isso foi uma grande novidade no Sarau, não que não houvesse variedades em outros, mas confessemos que a programação se estendeu bastante por causa da tal da quantidade.

Muitas questões surgiram e foram debatidas com algumas cervejas num bar próximo, é dever do Cia.Meses utilizar esses Sarau’s como fonte de pesquisa para próximas “revoluções”, se é que podemos assim chamar nossos projetos. Esse, com certeza, deixou na essência do dia um gostinho de “preciso repensar” e utilizar muitas observações feitas como alavanca para crescimento de público (não em quantidade), do grupo, da cultura em si.

Agradecimentos imensos ao Programa AprendizComgas que nos cedeu de forma super prestativa o espaço, alguns equipamentos e pessoas abertas a mudanças e evoluções; agradecimentos aos artistas que nos derem uma minúscula, porém significativa, apresentação de seus trabalhos e anseios com relação ao que querem dizer ao mundo; agradecimentos ao público que foi a grande roda disso tudo.

Trabalhos como esse me faz cada dia mais querer continuar a arte que exerço com amor e verdade até o fim dos meus dias.

Miau!

Sabrina Motta

sábado, 14 de junho de 2008

Deixa que digam

Que pensem


Que falem


Deixa isso pra lá


Vem pra cá


O que que tem ?


Eu não estou fazendo nada


Você também


Faz mal bater um papo


Assim gostoso com alguém ?



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domingo, 4 de maio de 2008

... um último trago!

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Pela última vez esse tão sonhado e realizado "O Direito ao Grito" será apresentado. fica na boca, um gosto de saudade e outro gosto inexplicável, que é, sem dúvida, um gosto muito distante do gosto de dever cumprido. A necessidade da maturidade vem abraçar a cada um de nós, Cia.Meses, que com um pudor e cuidado louvável, montou uma obra sem descuidar por nenhum momento da outra obra inspiradora. Sempre é tempo de morangos.

Vamos agora em busca de nossa obra única e sem pudor. e que o pudor tbm não exista na hora do aplauso e das vaias.

Como não podia deixar de ser: Amém para nós todos!

segunda-feira, 21 de abril de 2008



ciamesesdeteatro@gmail.com

quarta-feira, 12 de março de 2008


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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008


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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

4º Sarau do Gato - Grande Ritual Ciamistico


O que e um ritual pra você?


Posso dizer que só descobri o meu ritual depois de ter olhado ao meu redor, ver que o sarau acabou e relembrar, em cada parte do meu corpo, o que eu vivenciei ali, o que eu vivenciei até chegar ali.

Como se as luzes, as musicas, as palavras, as imagens, as pessoas estivessem tatuadas em meu corpo. Tudo aquilo se tornou a minha veste. Ah, era uma roupa tão colorida!
Cheguei em casa e tomei um banho, mais um pequeno ritual dentro de um grande ritual, percebi que jamais desvestiria aquela roupa. Nunca mais ficarei nua. A minha vida me veste dos pés a cabeça.


Agradecemos a Comunidade Cultural Quilombaque pelas portas abertas e a todos que participaram do 4º Sarau do Gato, agora, tatuados na nossa historia.


Foto de Ana Carolina Sartelli


[El Paraguaya]

domingo, 25 de novembro de 2007

O que você faz no seu dia-a-dia que pode ser considerado ritual?
Pensar, escovar os dentes, brindar, meditar ou o simples ato de dar duas voltas com a chave ao fechar a porta?!
Qual ritual, por mais bizarro que seja, você gostaria de compartilhar? Pode não ser o seu... Afinal, um ritual é propriedade de quem cria?
Queremos ritualizar o instante presente... Porque o simples fato de viver é um ritual, a única coisa que pode nos tirar dele é pensarmos que as coisas são só as coisas... Quando na verdade, tudo é um grande ritual.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007


Para pessoas de todas as raças, culturas, religiões, cores, línguas, bocas, olhos, cabelos, estilos, trabalhos, vidas... O que for, o importante é que seja!! Todos bem-vindos! Todas as artes bem-vindas!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

"O Direito ao Grito"




Uma peça inspirada na obra "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector que fala do desamparo ao qual todos estamos entregues.

Uma peça inspirada no grito de que faz todos os gritos se tranformarem em um só.

Uma peça inspirada na saudade daquilo que poderia ter sido.

Uma peça inspirada na vida que come a vida.

Uma peça inspirada na palavra que não é mais nada além de palavra.

Uma peça inspirada nos olhos que, mesmo arregalados, não vêem.

Uma peça inspirada na música da chuva e no barulho de um violino.

Uma peça inspirada. .

E o palhaço, o que é??


Pergunta pra ele!

[Intervenção no aniversário do Terminal Vila Nova Cachoeirinha]